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Mostrando postagens de outubro, 2011

José Pelintra e Malandros - Oferendas, assentamento e história

Salve a Malandragem!!! A entidade nascida no Catimbó, José Pelintra, um mestre Juremeiro que trabalha nos trabalhos da direita e da esquerda, traz sua magia a Umbanda com a falange dos mestres juremeiros e espíritos com a roupagem de malandros e boêmios cariocas. Muitas lendas cercam a origem de Zé Pelintra, muitos autores atribuem ao estado do Pernambuco a naturalidade de José, mas independente da região, a entidade nasce na mesa do catimbó no norte e nordeste do Brasil, tomba Jurema, incorpora na gira de povo de rua da Umbanda carioca, Torna-se Exu catiço no Candomblé, e depois vira uma entidade chefe de falange com gira personalizada em muitos terreiros. Toda a evolução é feita pelo merecimento do espírito que estagiou e cresceu se tornando uma falange de 21 mestres principais acompanhados de outros espíritos. Minha já falecida ìyàlòrisà de Candomblé Ketu me ensinou feitiços ligados a este mestre e em suma constavam de oferenda aos vinte e um eégún de José Pelintra. Já tente

Pomba-Giras a falange da Magia feminia na Umbanda

A figura da Pomba gira representa a liberdade, a magia e a sexualidade, é uma entidade que representa para a Umbanda toda a força feminina. A luxúria é uma energia da qual elas nos protegem, não são em hipótese alguma a promiscuidade. São propriamente mais espíritos que representam nossa lembrança coletiva das mulheres que ousaram se desquitar dos maridos machistas, infiéis e agressivos criados na visão egoísta e patriarcal e acabaram na fogueira ou simplesmente foram exclusas da sociedade. Mesmo as prostitutas de profissão amaram sim, se apaixonaram, tiveram seus filhos e os criaram. Pensamos sempre que as mulheres que escolheram pela profissão mais antiga do mundo (nossa que machismo!) não o fizeram por simples vontade de ser promíscua ou se satisfazer sexualmente, aliás por que satisfação não é bem o que elas recebem. Quando estas falanges de povo de rua aparecem na Umbanda elas vêm resgatar juntas as verdades do universo, a verdade que Èsú não é o Diabo, Ìyàmi Òsòròngá não é ma

Caboclos

O culto aos encantados, caboclos e índios possui a raiz na pajelança, no catimbó, na jurema, e no candomblé de caboclo. Ou seja, o culto aos caboclos não é exclusividade da Umbanda, nem tampouco surgiu nesta religião. Mas foi acolhido e fortalecido. O que não evolui morre! Mas evolução não é sinônimo de (destruição) cortar as raízes... Munidos com a roupagem fluídica de índios, caciques, pajés e encantados (seres divinizados como feras, cobras, pássaros e árvores) os caboclos e caboclas manipulam a energia vegetal e elemental. As origens do culto aos caboclos: TORÉ O Toré é uma dança que inclui também práticas religiosas secretas, às quais só os índios têm acesso. O objetivo ritual do toré é a comunicação com os encantos ou encantados, que vivem no reino da jurema ou juremá, referência à bebida feita com a casca da raiz da juremeira. Quanto à dança propriamente dita, ela assume características diferentes em cada comunidade. Eles dançam em círculos, em sentido anti-horário, fazendo e

Madre Teresa de Calcutá

O Poema da paz O dia mais belo? Hoje. A coisa mais fácil? Errar. O maior obstáculo? O medo. O maior erro? O abandono. A raiz de todos os males? O egoísmo. A distracção mais bela? O trabalho. A pior derrota? O desânimo. A primeira necessidade? Comunicar-se. O que mais lhe deve fazer feliz? Ser útil aos demais. O maior mistério? A morte. Nosso pior defeito? O mau humor. A pessoa que nos é mais perigosa? A mentirosa. O sentimento mais ruim? O rancor. O presente melhor? O mais belo que possamos dar: o perdão. O bem mais imprescindível? O lar. A rota mais rápida? O caminho certo. A sensação que nos é mais agradável? A paz interior. A maior satisfação? O dever cumprido. O que nos torna mais humanos, mais tolerantes? A dor. Os melhores professores? As crianças. As pessoas mais necessárias? Os pais. A força mais potente do mundo? A fé. A mais bela de todas as coisas? O amor...sempre o amor! (Madre Teresa de Calcutá)

Os Pretos Velhos, Almas e Angola, Canjerê e Lunda Kioko

As almas santas e benditas. São a falange mais caracterizadora da Umbanda, e nasceu de cultos conhecidos como Almas e Angola e Lunda Kioko (Omolokô). Foto: paijoaodeangola.com.br Os primeiros negros que aportaram no Brasil, mais precisamente Rio de Janeiro, vieram da região da atual Angola, e do sul da África. Eram as tribos: Lundas, kiokos, cabulas, cambindas, haussás, fulanis, cassanjes, mucoca, monjolo, congos, bantos, Fashi-Ashantis, moçambiques. Estes negros se uniram em crenças como todos nós sabemos e mais ou menos se unificaram no ritual de Angola (bantu-kikongo). Os mais sincretizados se transformaram nos rituais denominados ‘Almas e Angola’ e Omolokô (Lunda Kioko) que foi difundido no Rio de Janeiro e Minas Gerais. A angola continuou com seus Ji’nkinsi (Deuses-plural de N’kinsi) cultuando-os em quase total segredo. Algumas casas sincretizaram seus deuses aos deuses nigerianos sem poder ter ensinamentos suficientes ou mediante aos sincretismos particulares (filhos de

Boiadeiros na Umbanda - Origens, oferendas e assentamento

"Seu Boiadeiro, olha que linda boiada, Mas ele é seu Boiadeiro minha gente! Ele é nosso camarada!" São espíritos que incorporam como caboclos, mestiços e vaqueiros. Grandes mestres juremeiros, muitos com conhecimento de magia da nação Banto, Congo e Angola, talvez alguns Tata J'inkinsi desencarnados. No candomblé de caboclo tive a oportunidade de participar de festas de caboclos onde se canta a jurema, e podemos curiar da bebida sagrada. Este culto assim como o dos caboclos e o culto à malandragem na Umbanda, possui semelhanças com o catimbó e a jurema. Os boiadeiros vêm brincar, cantar, rir, dançar, curar e aconselhar os fiéis, diferente da incorporação em boa parte das Umbandas antigas onde esta entidade se apresenta séria e de poucas palavras. A maior parte dos boiadeiros gostam de cigarros de palha, cigarros sem filtro e charuto. A bebida que a maioria de nós conhece é a meladinha (cachaça com mel ou melado de cana), já estive em casas que ofereciam leite,