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Pomba-Giras a falange da Magia feminia na Umbanda

A figura da Pomba gira representa a liberdade, a magia e a sexualidade, é uma entidade que representa para a Umbanda toda a força feminina. A luxúria é uma energia da qual elas nos protegem, não são em hipótese alguma a promiscuidade. São propriamente mais espíritos que representam nossa lembrança coletiva das mulheres que ousaram se desquitar dos maridos machistas, infiéis e agressivos criados na visão egoísta e patriarcal e acabaram na fogueira ou simplesmente foram exclusas da sociedade. Mesmo as prostitutas de profissão amaram sim, se apaixonaram, tiveram seus filhos e os criaram. Pensamos sempre que as mulheres que escolheram pela profissão mais antiga do mundo (nossa que machismo!) não o fizeram por simples vontade de ser promíscua ou se satisfazer sexualmente, aliás por que satisfação não é bem o que elas recebem.
Quando estas falanges de povo de rua aparecem na Umbanda elas vêm resgatar juntas as verdades do universo, a verdade que Èsú não é o Diabo, Ìyàmi Òsòròngá não é maligna por lidar com a magia, As mulheres podem rir e ser independentes, não é o silêncio que afasta o mal, o ato sexual não é maligno... E outras tantas verdades.
Magos, bruxas, grandes mestres magísticos, iniciados, feiticeiros e feiticeiras. Aqui estão as ajé e os osó (bruxas e bruxos em ioruba). Controlam perfeitamente as maiores sabedorias sobre a arte de transformar o mundo, o amor. A magia da vida, da satisfação, da riqueza, do comércio, da transformação, tudo isto eles entendem muito mais que nossos livros de filosofia, sociologia e psicologia. E nós achando que os controlávamos com um franguinho aqui e um padê ali.

Leia o texto abaixo, reflita e pense a respeito da indumentária das Pomba Giras e Exus

Instrumentos ritualísticos na magia Wicca:

Roupagem: É o conjunto de materiais que identifica, protege e classifica o mago dentro de suas operações. Algumas delas não se tornam tão necessárias quanto outras:

Túnica: É a roupagem principal do mago em suas cerimônias. Simboliza a sua proteção contra influências externas. Deve ser longa e confeccionada em seda, fechada de cima a baixo.

Capa: Item dispensável, podendo usá-lo para fins de proteção contra intempéries quando o mago for a campo. É importante que seja cômoda e que permita ampla liberdade de movimentos.

Coroa ou Tiara: Símbolo da autoridade e dignidade do mago. Muitas vezes pode estar associado ao grau que o magista possui, indicando um domínio ou poder.

Chapéu (Cartola): Podem ser de vários formatos e estilos; a maioria (chapéus com ponta) tem a função de canalizar as energias externas para a cabeça do mago, fazendo com que ele se concentre melhor em suas operações. Outros tipos de chapeis têm a particularidade de proteger a parte sagrada e principal do mago, que é a cabeça.

Bordados: Muitas vezes em uma escola, sociedade ou ordem de magia, é necessário que o mago ou o iniciado tenha sinais ou símbolos bordados em sua roupa, coroa ou cinto, pois representam a categoria, o nível e o poder que tem para com o mundo da magia.


Pulseiras, Anéis e Colares: Esta parte de acessórios se faz necessário para proteção do mago. Jamais deve se utilizar esses paramentos para fins de beleza e estética. Também pode indicar um elemento de sintonia com seu mentor ou guia espiritual.

Armas Elementares: São os instrumentos mais importantes dentro da magia cerimonial. Estão associados aos quatro elementos do quaternário sagrado que o mago deve dominar. Antes de tudo, as armas devem ser consagradas como instrumentos de magia, cada qual representando um elemento e uma força dominante do mago.

Facão ou Faca de Arte: Não é utilizado para fins de execução magística e sim para trabalhos de corte e recolhimento de matérias-primas e produção ou construção de diversos produtos ou instrumentos. Deve-se ter uma faca ou facão específico para colher folhas, plantas, arbustos ou ervas; em alguns casos haverá a necessidade de utilizar faca de madeira para cortar alguns vegetais. Todas elas são devidamente consagradas segundo sua utilização.

Espelho Mágico: A mais importante ferramenta da magia oracular. Permite a visualização de outros planos e esferas. Pode substituir ao triângulo mágico. Nas obras de Franz Bardon encontram-se instruções sobre sua preparação e utilização.

Elementos e Produtos: Sal (para exorcismos e purificações), Incenso (para ser queimado durante os rituais),
Óleos e Essências, Água, Sangue, Cera e Tinta.

Caneta de Arte, Pincel ou Pó Mineral: É a ferramenta de escrita, igualmente consagrada para determinados objetivos que envolvem a consagração de objetos. É utilizada para traçar os sinais ou hieróglifos de consagração, imantação, invocação ou evocação nos pentáculos, talismãs, lamen ou sigilos, ou simplesmente escrever (com caneta tinteiro) em um diário os resultados obtidos. No caso do pó mineral (giz ou pemba), pode-se fazer uma pasta adicionando óleo ou água, fazendo com que se torne uma espécie de tintura.

Taça ou Cálice: Tradicionalmente e comumente ligada ao elemento água e suas correspondências sagradas. Simboliza o conhecimento do mago como elemento vital para adquirir sabedoria. Pode ser de vidro (cristal) ou de metal (prata). Deverão ser grafados em seu corpo os signos correspondentes segundo a consagração a ser feita.

Punhal, Adaga e Espada: Tradicionalmente ligado ao elemento ar, e segundo algumas escolas ao elemento terra ou ao fogo. As espadas podem ser de vários formatos e estilos, o qual deverá ser escolhido segundo o gosto do mago. Ela corresponde à execução magista em dois sentidos, o evolutivo (pra cima) ou o involutivo (pra baixo), serve para as ações e execuções de acordo com a vontade do mago. Deverá ser consagrada uma espada que corte dos dois lados ou duas espadas de diferentes ações. Também deverão ser consagrados dois punhais ou adagas para trabalhos menores. Deverão ser grafados nestas armas sinais ligados ao elemento fogo e suas correspondências espirituais. Em alguns casos pode ser grafado na própria lâmina.

Tridente: Idem a espada, porém é mais adequada somente ao trabalho negativo coligado com entidades afins.

Nossa!
Depois desta citação fica impossível desfazer a imagem de cartola, chapéu, e capa dos nossos magos. E as coroas, taças, pulseiras, anéis, colares e capas das nossas ajé brasileiras. Tudo segundo a necessidade, não a vaidade.

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