"Cada universo nasce da fecunda união do divino casal..."
O ato sexual e as energias envolvidas com o mesmo são substanciais para o bom desenvolvimento e funcionamento da mediunidade, espiritualidade ou faculdades psíquicas. O uso correto da sexualidade é essencial, já a luxúria deve ser encarada como doença, uma desarmonia, como tal, gera consequências profundas desproveitosas.
Podemos compreender a educação sexual e sua vital importância, da mesma forma, como respeitamos a educação alimentar e o uso consciente da respiração. É um passo largo para muitos na atual sociedade, mas não é assunto contemporâneo.
Historiadores relatam desde os primórdios, que o homem e a mulher na busca de descobrirem seu lugar no Cosmos e entenderem os desejos e instintos naturais do corpo que estavam habitando, questionaram e criaram mitos em diversas tentativas para explicar o prazer.
O ser se deparava com o prazer em se alimentar, descobrir novidades, vencer obstáculos, desafiar a natureza, criar arte, observar o ambiente e acariciar o próximo... Esses eram sinais que seus corpos criaram para encorajá-los a fazerem mais daquilo que se sentiam bem fazendo. De todos os atos que envolviam a recompensa hormonal, a relação íntima propiciava um grau de prazer superior aos demais, gerando um novíssimo vício.
As escrituras hindus (as mais antigas que conhecemos) contam que a dança cósmica é um eterno ato de amor, onde passivo e ativo, Shiva (o equilíbrio estático, o eterno masculino) e Shakti (o equilíbrio dinâmico, o eterno feminino) se combinam para manifestar os universos. Shiva transforma os universos através do sexo, o orgasmo humano seria uma parte do orgasmo cósmico (Big bang) que gerou galáxias, estrelas, planetas e deuses...
Ainda na cultura hindu o profeta Krishna, nascido da virgem Devaki, ensina o caminho do meio, o ponto de equilíbrio entre os extremos, e também nos fala da retidão dos brâmanes - iogues. Da mesma forma que o domínio sobre os desejos.
A tradição africana, que em boa parte é matriarcal, fala da grande mãe Odu, Iyami, cuja terra é um grande útero e é senhora do sangue menstrual e seu consorte Obatalá, o òrìsà da pureza é o senhor do grande cajado (phalo - pênis) e do sêmen. Entre os dois o terceiro é Ésu, o senhor da energia vital e da encruzilhada de três caminhos, o caminho do meio?
O Egito e sua religião nos ensinam que Num era o universo imanifesto, se torna Atom-Rá e se masturba para criar o universo manifesto. Ainda na terra mais conhecida pelas escolas de mistérios, outra lenda narra a criação com a deusa Nuit do caos (Kaos) adormecido em trevas e todas as infinitas possibilidades estavam latentes em si e seu útero, um grande círculo infinito. O deus Hadit é a parte masculina que a fecunda, o ponto no meio do círculo, a luz que manifestará, a Vontade (Thelema) criadora. Hadit é o sêmen no óvulo de Nuit. A senhora da noite e do Caos gera Osíris e ísis que se unem. Osíris morre e ísis é fecundada virgem por seu marido que ascendera aos céus e DÁ À LUZ o Deus Hórus que destruirá o mal e instintos inferiores no homem no dia 25 de dezembro.
As religiões posteriores continuaram aperfeiçoando os mitos das trevas fecundadas pelo verbo (vibração) que gera a luz em meio às trevas do inconsciente; virgens passivas fecundadas pela luz ativa; Filho que gera algo maior que os pais. Mas ainda são TRINOS (em fases diferentes).
Voltando aos inícios da guerra dos sexos, dividimos as tradições em matriarcais e patriarcais, cada uma com sua educação sexual particular e divergente. Dessas tradições vêm os termos MAGOS BRANCOS e MAGOS NEGROS, como também o TANTRA BRANCO e o TANTRA NEGRO.
Poucos sabem que essa guerra é mais antiga que os textos hindus pois no Mahabarata a tribo lunar é matriarcal, dominada pelos instintos inferiores humanos (tantra negro) guerreia com a tribo solar, os brâmanes, patriarcais, representantes das virtudes espirituais (tantra branco). (Devo aqui abrir um parênteses para a palavra Tantra significa TAN = Escuridão + TRA = Libertação).
O tantra branco é o prazer no ato sexual sem colocar a importância no orgasmo e derramamento de sêmen, se mantém a atenção na viagem e não no ponto de chegada. O líquido seminal é transformado, transmutado em energia canalizada para algo mais sublime como a iluminação interior e o despertar da kundalini e chacras (centros psíquicos).
O tantra negro inversamente permite a ejaculação e uso mágico do sêmen como poder manifesto canalizado para o fim que se deseja.
As doutrinas dos grandes iluminados, longe de serem dogmáticas e sectárias, tendiam sempre para a porta estreita, o ponto de equilíbrio. a harmonia como base primária para a evolução.
(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 124/125)
O ato sexual e as energias envolvidas com o mesmo são substanciais para o bom desenvolvimento e funcionamento da mediunidade, espiritualidade ou faculdades psíquicas. O uso correto da sexualidade é essencial, já a luxúria deve ser encarada como doença, uma desarmonia, como tal, gera consequências profundas desproveitosas.
Podemos compreender a educação sexual e sua vital importância, da mesma forma, como respeitamos a educação alimentar e o uso consciente da respiração. É um passo largo para muitos na atual sociedade, mas não é assunto contemporâneo.
Historiadores relatam desde os primórdios, que o homem e a mulher na busca de descobrirem seu lugar no Cosmos e entenderem os desejos e instintos naturais do corpo que estavam habitando, questionaram e criaram mitos em diversas tentativas para explicar o prazer.
O ser se deparava com o prazer em se alimentar, descobrir novidades, vencer obstáculos, desafiar a natureza, criar arte, observar o ambiente e acariciar o próximo... Esses eram sinais que seus corpos criaram para encorajá-los a fazerem mais daquilo que se sentiam bem fazendo. De todos os atos que envolviam a recompensa hormonal, a relação íntima propiciava um grau de prazer superior aos demais, gerando um novíssimo vício.
As escrituras hindus (as mais antigas que conhecemos) contam que a dança cósmica é um eterno ato de amor, onde passivo e ativo, Shiva (o equilíbrio estático, o eterno masculino) e Shakti (o equilíbrio dinâmico, o eterno feminino) se combinam para manifestar os universos. Shiva transforma os universos através do sexo, o orgasmo humano seria uma parte do orgasmo cósmico (Big bang) que gerou galáxias, estrelas, planetas e deuses...
Ainda na cultura hindu o profeta Krishna, nascido da virgem Devaki, ensina o caminho do meio, o ponto de equilíbrio entre os extremos, e também nos fala da retidão dos brâmanes - iogues. Da mesma forma que o domínio sobre os desejos.
A tradição africana, que em boa parte é matriarcal, fala da grande mãe Odu, Iyami, cuja terra é um grande útero e é senhora do sangue menstrual e seu consorte Obatalá, o òrìsà da pureza é o senhor do grande cajado (phalo - pênis) e do sêmen. Entre os dois o terceiro é Ésu, o senhor da energia vital e da encruzilhada de três caminhos, o caminho do meio?
O Egito e sua religião nos ensinam que Num era o universo imanifesto, se torna Atom-Rá e se masturba para criar o universo manifesto. Ainda na terra mais conhecida pelas escolas de mistérios, outra lenda narra a criação com a deusa Nuit do caos (Kaos) adormecido em trevas e todas as infinitas possibilidades estavam latentes em si e seu útero, um grande círculo infinito. O deus Hadit é a parte masculina que a fecunda, o ponto no meio do círculo, a luz que manifestará, a Vontade (Thelema) criadora. Hadit é o sêmen no óvulo de Nuit. A senhora da noite e do Caos gera Osíris e ísis que se unem. Osíris morre e ísis é fecundada virgem por seu marido que ascendera aos céus e DÁ À LUZ o Deus Hórus que destruirá o mal e instintos inferiores no homem no dia 25 de dezembro.
As religiões posteriores continuaram aperfeiçoando os mitos das trevas fecundadas pelo verbo (vibração) que gera a luz em meio às trevas do inconsciente; virgens passivas fecundadas pela luz ativa; Filho que gera algo maior que os pais. Mas ainda são TRINOS (em fases diferentes).
Voltando aos inícios da guerra dos sexos, dividimos as tradições em matriarcais e patriarcais, cada uma com sua educação sexual particular e divergente. Dessas tradições vêm os termos MAGOS BRANCOS e MAGOS NEGROS, como também o TANTRA BRANCO e o TANTRA NEGRO.
Poucos sabem que essa guerra é mais antiga que os textos hindus pois no Mahabarata a tribo lunar é matriarcal, dominada pelos instintos inferiores humanos (tantra negro) guerreia com a tribo solar, os brâmanes, patriarcais, representantes das virtudes espirituais (tantra branco). (Devo aqui abrir um parênteses para a palavra Tantra significa TAN = Escuridão + TRA = Libertação).
O tantra branco é o prazer no ato sexual sem colocar a importância no orgasmo e derramamento de sêmen, se mantém a atenção na viagem e não no ponto de chegada. O líquido seminal é transformado, transmutado em energia canalizada para algo mais sublime como a iluminação interior e o despertar da kundalini e chacras (centros psíquicos).
O tantra negro inversamente permite a ejaculação e uso mágico do sêmen como poder manifesto canalizado para o fim que se deseja.
As doutrinas dos grandes iluminados, longe de serem dogmáticas e sectárias, tendiam sempre para a porta estreita, o ponto de equilíbrio. a harmonia como base primária para a evolução.
A harmonia na sexualidade deve ocorrer naturalmente pelo conhecimento do próprio organismo na medida em que se faz com prazer o que se quer fazer, na hora que quer sem instintos puramente egóicos e animalescos ou fanatismo espiritual.
O corpo possui imanente a chave do despertar que necessita para si. Seja domando os desejos ou desenvolvendo a Vontade, somente entendendo o corpo nos apoderamos da chave da Verdade e Eternidade.
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